SOBRE O FESTIVAL
A quarta
edição do A Cena Tá Preta, festival internacional de arte
negra que integra teatro, dança, música, cinema, exposição e
manifestação popular, acontece de 09 a 18 de novembro, em Salvador,
no Teatro Vila Velha, com entrada franca. O encontro inclui mostra
artística e ações de caráter formativo (oficinas) e reflexivas
(seminário com conferência e mesas-redondas), reunindo produções
de cinco estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Minas Gerais e Bahia), Moçambique, Guiné, Burkina Faso,
Togo e França. Além da programação artística, o festival conta
com participação de pesquisadores do Brasil, Congo, Cuba e Estados
Unidos.
A
Cena Tá Preta tem como foco a arte negra e, a partir da mostra
de trabalhos artísticos, debates e atividades de intercâmbio,
reflete e apresenta um recorte dos caminhos percorridos pela cultura
de legado africano em manifestações de várias linguagens. A ideia
do festival é fortalecer, divulgar e celebrar a criação artística
que tenha como base a cultura de matriz africana e destacar a sua
representatividade na constituição da identidade cultural de povos
afrodescendentes, notadamente o Brasil. Para isso, promove a troca de
experiências entre artistas e estudiosos de distintas regiões
brasileiras, colocando-os também em diálogo com países nos quais
questões de negritude também se impõem sócio-culturalmente.
O
festival, que acontece no mês em que se comemora o Dia da
Consciência Negra (20 de novembro), é realizado e produzido pelo
Bando de Teatro Olodum em parceria com o Teatro Vila Velha, convênio
com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(SEPPIR) e apoio financeiro do Fundo de Cultura do Estado da Bahia. A
coprodução é do Coletivo de Produtores Culturais do Subúrbio.
Nesta
quarta edição, A Cena Tá Preta acontece pelo terceiro
ano consecutivo. “Tivemos um grande intervalo depois da primeira
edição, em 2003, mas agora estamos conseguindo nos manter no
calendário anual. Manter o fôlego, pelo caráter do festival, é
também uma forma de resistência”, observa Chica Carelli, diretora
do A Cena Tá Preta – Ano IV. O fôlego, em verdade, amplia-se
este ano: pela primeira vez na história do festival, acontecem
apresentações de música, dança, exposição e representações da
cultura popular tradicional, como samba-de-roda e as máscaras de
Maragojipe, que promovem uma charanga no Passeio Público.
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