Dia 23 de janeiro recomeçamos os nossos trabalhos. O projeto “Celebrização do Homem Comum”, que estamos realizando em parceria com o coletivo casadalapa promete. Em 2012 fomos contemplados pela Lei de Fomento ao Teatro, que há 10 anos dá a possibilidade aos grupos da cidade de São Paulo de continuarem suas pesquisas e realizarem seus espetáculos. A jornada será longa e as paisagens diversas, e assim sendo, precisaremos fortalecer nosso corpo coletivo.
Para isso, contaremos nesta primeira etapa e em todas as outras, com o mestre Alexandre Paulain, que nos orientará nas aulas de Ashtanga Yoga; com Bel Borges, nossa professora de canto e com Fernando Alabê e Gabriel Longhitano, nossos diretores musicais. Com todos eles o corpo e a voz deste Coletivo Negro ganha força e ocupa os espaços da cena, suando a camisa e seguindo em frente.
Os estudos teóricos não ficarão de lado. Neste primeiro momento, perguntas como “existe um homem comum?”; “quem é este homem comum?”; “que história este homem conta?”; “o homem comum é uma invenção?”; e várias outras questões individuais e coletivas, pairam sobre as nossas cabeças, que buscam conhecer e compreender ainda mais a história do Negro; do Teatro; da Sociedade Brasileira e as relações que existem entre o teatro feito pelo negro e esta mesma sociedade.
Sociedade “globalizada”, “conectada”, que produz éticas e estéticas diversas e conflitantes. Estamos no caminho e durante a viagem leremos, dentre outros pensadores: Brecht; Milton Santos; Peter Brook; Guy Debord; Joel Rufino dos Santos; Grotowski e por que não?, os poetas concretos. Os filmes serão vários e pouco a pouco vamos falando e comentando por aqui as impressões, experiências e reflexões que surgirão durante o processo. Um Salve Coletivo!!
Raphael Garcia/ Coletivo Negro
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